A Petrobras anunciou ontem o maior reajuste de preços de combustíveis do ano. O óleo diesel vai ficar 15,2% mais caro em suas refinarias a partir de hoje (19) e a gasolina, 10,2%. Com mais esse reajuste, o quarto do ano, o diesel e a gasolina já acumulam alta de 27,5% e 34,8%, respectivamente, em 2021. Tamanho avanço de preço vai atingir o consumidor nesta semana e deve aparecer nos indicadores de inflação de março, segundo analistas. Ao anunciar mais um reajuste, a Petrobrás reafirma sua política de preços, alinhada ao mercado internacional, e derruba a tese de que atua para atender aos interesses do governo. A empresa estava sendo acusada de segurar a alta do diesel, principalmente, para favorecer os caminhoneiros, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, e para conter a inflação. Os caminhoneiros chegaram a ameaçar uma greve caso o combustível continuasse subindo. O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, acredita que “tal magnitude de reajuste na refinaria deve afetar as bombas apenas no terceiro decêndio de fevereiro, com grande parte do impacto no IPCA de março”. A Armor Capital projeta alta de 0,15 ponto porcentual na inflação do mês que vem. Representante dos revendedores de combustíveis de São Paulo, José Alberto Gouveia, diz que, com a pandemia, o consumo de combustíveis caiu nos últimos meses. Esse fator, somado à concorrência, fez com que os donos de postos contivessem parte dos reajustes da Petrobrás até esta semana. Mas, a partir de agora, a tendência é que repassem a maior parte da alta para as bombas.
Fonte: O Estado de S.Paulo
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