O consumo de gás natural cresceu 21,4% em dezembro quando comparado ao mesmo mês de 2019. A informação é de estudo realizado pela Abegás.
O volume consumido em todos os segmentos, em dezembro de 2020, foi de 78,1 milhões de metros cúbicos/dia ante 64,32 milhões de metros cúbicos/dia no último mês de 2019. O crescimento por setores foi de 45,6% no consumo termelétrico a gás natural, em seguida está a indústria, com alta de 7%.
Por outro lado, na média de 2020, o consumo total de gás natural foi duramente afetado pelos efeitos da pandemia da covid-19.
A associação afirma que a média do total acumulado (em todos os segmentos) em 2020 indica uma retração de 8,7% no consumo do total de gás natural ao resultado de 2019.
O setor de cogeração também teve 1 avanço de 11,3%% na comparação com o mesmo período de 2019. Já o segmento automotivo caiu 12,4% em dezembro. Essa retração também é reflexo da queda da atividade econômica.
Em dezembro, o número de unidades consumidoras de gás natural chegou a 3,8 milhões —número de medidores nas indústrias, comércios e residências e outros pontos de consumo.
O diretor de estratégia e mercado da Abegás, Marcelo Mendonça, afirmou que a pandemia ainda influencia o setor.
“Apesar da incipiente recuperação econômica, especialmente nos últimos 3 meses de 2020, o setor ainda sofre com o impacto das medidas restritivas de covid-19. Para 2021, no entanto, a organização tem uma visão otimista para uma recuperação, mas ficamos apreensivos com o aumento do número de casos, circulação de novas cepas e diminuir a circulação de pessoas e diminuir o consumo e afetar o restabelecimento da economia”, completou.
PL do Gás
A PL 4476/20, antiga PL 6407/1, está na lista de prioridades do governo federal no Congresso Federal. O projeto prevê autorização para uma série de medidas, como a autorização em vez de concessão, para transporte de gás natural e estocagem em jazidas esgotadas, visando o aumento da concorrência e diminuição de custos. O governo nomeou a iniciativa de Novo Mercado do Gás.
O diretor refletiu sobre o PL do gás. Para ele, o projeto é tímido para o setor.
“O PL traz mudanças necessárias como de concessões para autorizações, mas é mínima para que o mercado de gás aconteça efetivamente. O projeto ainda é tímido para que os efeitos aconteçam, especialmente em um período pós pandemia. Não dá uma sinalização da demanda firme para que o produtor viabilize investimentos. O projeto não resolve o problema principal do mercado, a infraestrutura”, afirmou.
Fonte: Poder 360
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