Diante dos consecutivos aumentos de preços dos combustíveis, em especial a gasolina e o diesel, nas refinarias da Petrobras e, consequentemente, nas bombas dos postos, a Gasmig anunciou o congelamento do preço do Gás Natural Veicular (GNV) a partir desta quarta-feira. A medida, segundo o presidente da estatal mineira, Pedro Magalhães, é válida por 90 dias.
“Hoje vemos o país sofrendo com os aumentos do combustível, do petróleo e do dólar, e isso traz uma grande dificuldade para os consumidores. Portanto, a iniciativa serve também para aumentar a confiança do consumidor e fortalecer a base de carros e caminhões movidos a gás no Estado. É uma oportunidade para pessoas em ter a confiança para converter o veículo”, justifica Magalhães.
Para o presidente da Gasmig, o impacto do congelamento poderá ser medido no bolso dos consumidores. Em recente pesquisa da empresa, o preço médio do metro cúbico do GNV em Belo Horizonte e na região metropolitana é de R$ 3,32 – abaixo da média do etanol (R$ 4,07) e da gasolina (R$ 5,56).
“A economia é muito maior. Com R$ 50, o motorista percorre cerca de 200 km com o GNV. Com gasolina, por exemplo, chega a pouco mais de 90 km”, afirma Magalhães, que espera para os próximos tempos um crescimento na frota de veículos movidos a GNV no Estado. “Em Minas, temos 30 mil veículos a gás. No Rio de Janeiro, a título de comparação, são um milhão de veículos movidos a GNV”.
Como atrativo, o presidente da companhia reforça também que o governo Romeu Zema (Novo) sancionou uma lei que concede isenção do IPVA para carros movidos a gás natural e fabricado em Minas. A lei garante a isenção a veículos movidos a GNV no ano da compra e adiciona o ano seguinte à aquisição do automóvel.
“Estamos também trabalhando junto à Secretaria de Fazenda do Estado para buscar reduzir o valor do ICMS sobre o gás natural, além de outras ações”, adianta. Hoje, o tributo que incide sobre o GNV é de 18% – o valor da tarifa com ICMS é de R$ 2,655 por metro cúbico.
Fonte: O Tempo (MG)
