

O curso de Engenharia forneceu base para trabalhar em uma área predominantemente masculina. Na época, era um curso com a maioria de homens. Então esse relacionamento facilitou minhas relações profissionais.
As pessoas ainda não estão acostumadas a se deparar com mulheres em posição de liderança, mas isso vem mudando com o passar do tempo. Precisei mostrar o meu valor, o que só me incentivou a buscar cursos de especialização em gestão e me tornar o que sou hoje.
Já participei de reuniões nas quais eu era a única mulher, mas não podia me intimidar com isso.
Com relação ao futuro profissional das mulheres, sou bastante otimista. É corriqueiro o registro de elogios para as mulheres em virtude da competência e habilidade na administração de várias tarefas. A mulher tem esse aspecto multidisciplinar. A maioria delas é dona de casa, mãe, esposa, filha, além do lado profissional e acaba sendo boa em todas as áreas.
Tomei posse em fevereiro de 2019 como primeira mulher presidente da Potigás. E é muito gratificante termos a responsabilidade de ser profissionais que vão servir de exemplo e abrir portas para outras mulheres que estão chegando ao mercado.
* Larissa Dantas é engenheira civil, graduada pela UFRN, e advogada, graduada pela UNI-RN, com atuação profissional em ambos os segmentos, tanto na área operacional como na de gestão. Durante a sua carreira profissional, participou de vários conselhos de classe, associações, federações e assumiu por duas gestões a Vice-Presidência do Si Com atuação sempre voltada para a potencialização dos resultados, através da inovação e da parceria entre os agentes envolvidos, acredita na competência profissional das futuras gerações, exercendo o papel de mentora e orientadora de estudantes em fase de graduação ou recém-formados. Larissa Dantas atua desde fevereiro de 2019 como CEO da Companhia Potiguar de Gás (Potigás), a Companhia Distribuidora de gás natural canalizado do Rio Grande do Norte, vem trabalhando pela implantação do Novo Mercado de Gás no RN e participa ativamente do Programa REATE, do Ministério das Minas e Energia (MME), com foco no onshore da Bacia Potiguar.