A Abegás divulgou um comunicado parabenizando a Câmara dos Deputados pela aprovação da MP da Eletrobras na madrugada da última quinta-feira (20). Se o projeto de privatização da estatal não for derrubado pelo Senado, o setor de distribuição de gás natural se beneficiará, ainda que indiretamente, com contratação de 6 GW em térmicas movidas pelo combustível por 15 anos, a partir de 2026.
Em nota, a associação diz que o texto aprovado representa um importante passo para a integração entre o setor elétrico e o setor de gás natural.
A Abegás ainda ressalta que, ao demarcar o ano-base para a contratação, o texto cria, desde já, um caminho de segurança jurídica para investimentos em novos projetos, o que permitiria um aumento da oferta de gás, principalmente do pré-sal.
“O período de cinco anos é o ideal para que os projetos do setor tenham o devido tempo de maturação, com um cenário de 15 anos que preserve a viabilidade econômica do investimento”, afirma.
O texto aprovado trará mais confiabilidade ao sistema elétrico e permitirá a utilização mais eficiente da diversidade de nossa matriz energética. Além disso, contribuirá para reduzir as tarifas de energia para os consumidores cativos.
A contratação de novas térmicas a gás pelo país como forma de aumentar a segurança energética é uma demanda da Abegás desde a tramitação da nova Lei do Gás no Congresso, sancionada neste ano.
Se a MP da Eletrobras passar pelo Senado Federal e pela sanção presidencial, novas térmicas serão construídas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, obrigando a construção de gasodutos para assegurar o abastecimento de gás em locais onde o acesso ao insumo ainda não é possível, na avaliação da entidade.
O texto ainda diz que as usinas deverão ser contratadas pelo preço teto do leilão A-6 de 2019, que era de R$ 292/MWh na época.
Fonte: EnergiaHoje