A Petrobras está concorrendo com outras dez empresas pelo mercado de gás natural do Centro-Sul. As distribuidoras de gás canalizado MSGÁS (MS), GasBrasiliano (SP), Compagas (PR), SCGÁS (SC) e Sulgás (RS) esperam avançar este mês nas negociações com os onze supridores que apresentaram ofertas durante a chamada pública conjunta, aberta pelas concessionárias, para contratação de gás.
A expectativa é que, ao longo do segundo semestre, as distribuidoras celebrem novos contratos de suprimento, válidos a partir de 2022.
Uma das principais concorrentes da Petrobras, na disputa, é a Shell, segunda maior produtora de gás natural do pré-sal e grande player global de gás natural liquefeito (GNL). A multinacional deu um passo importante para entrar no mercado brasileiro, no fim do ano passado, ao vencer a chamada pública aberta pela distribuidora pernambucana Copergás, para suprimento de gás natural a partir de 2022, por meio de um terminal para importação de GNL em construção pela OnCorp no Porto de Suape, em Ipojuca (PE).
Além da Petrobras e Shell, outras nove empresas avançaram para a fase de negociações com as distribuidoras do Centro-Sul: a Tradener, comercializadora de energia que opera o campo de gás Barra Bonita, na Bacia do Paraná; além das comercializadoras GasBridge, Compass (do Grupo Cosan), Trafigura, EBrasil, New Fortress e Nimofast; e de dois produtores de biometano, a CRVR e Cocal.
O mercado da MSGÁS, GasBrasiliano, Compagas, SCGÁS e Sulgás gira em torno de 6 milhões de m3/dia de gás, cerca de 15% do consumo nacional. Esse volume é atendido, hoje, basicamente pela Petrobras. As concessionárias da região tentam, com a chamada pública, reduzir a dependência da estatal brasileira e provocar melhores condições contratuais, no contexto da abertura do mercado brasileiro de gás natural.
Ante o aumento da concorrência, a Petrobras, por exemplo, lançou em maio uma nova modalidade de contratos de suprimento, com opção de indexação ao índice Henry Hub, referência usada nos Estados Unidos. Até então, a estatal trabalhava apenas com contratos indexados ao petróleo. A expectativa é que esse novo tipo de contrato reduza a volatilidade nos reajustes.
Fonte: Valor Online
Related Posts
GNV se consolida como combustível mais econômico do Rio, aponta pesquisa
O GNV se consolida como combustível mais econômico do Rio, de acordo com dados divulgados pela Naturgy. Considerando os preços médios praticados nos postos, motoristas que utilizam GNV tem uma economia de...
Produção de petróleo, LGN e gás da Petrobras no 4º tri, no país, soma 2,59 milhões de BOE/dia, queda de 10,5%
A produção de petróleo, gás natural e líquido de gás natural (LGN) da Petrobras no quarto trimestre do ano passado somou 2,59 milhões de BOE/dia, o que corresponde a uma queda de 10,5% na comparação com...