O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou nesta quarta-feira (28) de cerimônia de reinauguração da térmica William Arjona, a usina de energia mais cara do país, com custo de R$ 1.741 por cada MWh (megawat-hora) gerado. Localizada em Mato Grosso do Sul, a térmica estava parada desde 2017 e a retomada das operações foi antecipada para ajudar a enfrentar a seca sobre os reservatórios das principais hidrelétricas brasileiras.
Para especialistas, a estratégia de enfrentamento da crise, focada até o momento no aumento da oferta, é arriscada e coloca ainda mais pressão sobre a conta de luz, já que contempla a contratação de fontes geradoras mais caras. Embora use gás natural como combustível, a William Arjona terá tarifa maior do que usinas a óleo diesel, geralmente mais caras. A segunda térmica mais cara do Brasil, Xavantes, em Goiás, tem custo de produção de R$ 1.464 por MWh. Em relação a térmicas movidas a gás natural, a diferença é ainda maior. Até o início das operações de William Arjona, a usina mais cara com esse combustível era Araucária, no Paraná, com R$ 1.138 por MWh. A título de comparação, o custo da térmica William Arjona é três vezes superior ao já pressionado valor praticado hoje no mercado livre de energia e mais dez vezes o preço médio de contratação de energia eólica em leilões do governo entre 2005 e 2019, de R$ 152 por MWh.
Fonte: Folha de S.Paulo
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