O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (06) que poderá ampliar o fornecimento de gás natural para a Europa através da Ucrânia para estabilizar o mercado em meio a uma disparada dos preços. Com a notícia, os contratos futuros de gás natural reverteram a alta e passaram a operar em queda nas bolsas ICE, em Londres, e Nymex, de Nova York. Discursando em um fórum governamental sobre o desenvolvimento energético, Putin afirmou que as vendas de gás da Rússia para a Europa podem atingir um recorde nesse ano. Ele também disse que os volumes que serão transportados pela estatal Gazprom via Ucrânia devem superar os valores estabelecidos no contrato com Kiev. A Rússia tem sido acusada pela Europa de limitar o abastecimento de gás natural para forçar a entrada em operação do polêmico gasoduto Nord Stream 2, que levará gás natural direto do país para a Alemanha, sem a necessidade de cruzar a Ucrânia.
Putin negou as acusações hoje, argumentando que os europeus “cometeram erros” e devem ser responsabilizados pela crise. Segundo o presidente russo, um dos fatores que estão influenciando os preços foi a decisão de rescindir contratos de longo prazo para favorecer a compra de gás natural no mercado à vista. “Descobriu-se, e hoje isso é absolutamente óbvio, que essa política está errada”, disse ele. Antes das declarações de Putin, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também negou as acusações feitas pelos europeus. “Insistimos que a Rússia não tem e não pode ter qualquer papel no que está acontecendo no mercado europeu de gás”, disse ele. “A Rússia cumpriu, está cumprindo e continuará cumprindo com responsabilidade todas as suas obrigações sob os contratos existentes”.
Fonte: Valor Online
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