A ANP informou que está em contato com os agentes do mercado para avaliar os cortes feitos pela Petrobras na entrega de derivados, mas que não vê risco de desabastecimento de combustíveis no país. De acordo com a Brasilcom, que representa as distribuidoras regionais, empresas do setor têm relatado cortes unilaterais por parte da Petrobras, na entrega de produtos pedidos para novembro. Segundo uma fonte, houve alguns “soluços” no abastecimento de alguns polos de suprimento, sobretudo no Nordeste e no Sul, num momento em que os estoques das companhias estão em baixa. A petroleira, segundo a Brasilcom, comunicou os cortes a diversas companhias no início da semana. As restrições valem para a gasolina e diesel e as reduções na entrega das encomendas chegam, em alguns casos, a mais de 50% do volume solicitado para compra.
ANP não vê risco de desabastecimento de combustíveis (Refinarias operando normalmente)
A ANP esclareceu, ainda, que “está adotando e vai adotar todas as providências necessárias para minimizar qualquer problema decorrente desses cortes”. A Petrobras, por sua vez, esclareceu que suas refinarias estão operando normalmente e que a empresa segue atendendo integralmente os contratos com as distribuidoras, “de acordo com os termos e prazos vigentes”. Segundo uma fonte, embora a petroleira esteja respeitando os compromissos previstos em contrato com os clientes, as distribuidoras estão tendo dificuldades para encomendas de cargas adicionais – no mercado, em geral, distribuidoras costumam contratar uma parte da sua demanda com a Petrobras e deixar uma “folga” para negociar com importadores em condições de preços melhores. As empresas, no entanto, reclamam que os preços praticados pela Petrobras vêm afastando importadores. De acordo com a Abicom, representante dos importadores, os preços da Petrobras abriram a última sexta (15), em média, 14% abaixo do preço de paridade de importação (PPI), na gasolina. No diesel, a defasagem é de 18%.
Fonte: Valor Online
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