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Distribuidoras vão às compras em 2022 com menos gás privado e preços mais altos

Ao menos oito distribuidoras estão em busca de novos fornecedores de gás natural e correm contra o tempo para fechar contratos para 2023.

As concessionárias querem até 9 milhões de m³/dia. A pergunta é se haverá gás suficiente dos novos supridores para toda essa demanda. E em que condições de preços esse gás chegará.

Embora o mercado brasileiro tenha dado sinais concretos de abertura nos últimos 12 meses, o cenário atual é adverso nesta nova janela de comercialização de gás.

Do lado da oferta, falta molécula nova e produtores privados de gás nacional têm, hoje, menos volumes disponíveis para negociar com as concessionárias – sedentas, por sua vez, por reduzir a dependência do gás da Petrobras, hoje mais caro que o dos concorrentes.

Já o atraso na entrada em operação do Rota 3 e o choque global dos preços do gás natural liquefeito (GNL) tendem a jogar pressão sobre os novos contratos.

A tendência é que as concessionárias consigam negociar preços mais altos do que aqueles fechados há um ano.

A falta de gás novo

Na visão do CEO da consultoria Gas Energy, Rivaldo Moreira Neto, o mercado brasileiro tende a vivenciar, neste fim de ano, “uma reciclagem de contratos”.

O que sobra, da parte dos novos fornecedores, é a recontratação de volumes que ficarão descontratados na virada do ano, enquanto falta gás novo no mercado.

“É uma situação desafiadora para as distribuidoras. Os novos fornecedores já têm seus volumes, em sua maior parte, contratados para 2023-2024”, afirma.

Segundo ele, a partir de 2024, à medida que o gás novo do Rota 3 entre no mercado e que contratos relevantes em vigor entre distribuidoras e supridores vençam, pode haver uma mudança maior no jogo.

Fonte: Epbr

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