A Bolívia espera elevar a oferta de gás natural para o Brasil a partir de 2025, quando vê uma janela de oportunidade para diversificar clientes no mercado brasileiro, com o fim do atual contrato de suprimento firme, de longo prazo, com a Petrobras.
Neste ano, a estatal boliviana YPFB assinou acordos com empresas privadas no Brasil, como CDGN e Tradener, na modalidade interruptível. Os volumes, porém, são limitados.
Em 2022, a YPFB renegociou os termos do contrato com a Petrobras. Reduziu a exposição da Bolívia a penalidades por diminuir o envio de gás e repactuou os prazos para a retirada de volumes contratados, de 2024 para 2025.
Os bolivianos esperam uma valorização do seu gás. Os novos contratos já têm refletido essa realidade, com o aumento do percentual de Brent no preço do gás boliviano para entre 12% e 19% – ante patamares históricos de 6% a 9%.
Até novembro, a Bolívia acumulou US$ 3,01 bilhões em receitas com exportações para Brasil e Argentina – alta de 49% ante igual período de 2021.
“Seguiremos sendo um provedor confiável para, a partir de 2025, ter também melhores preços de venda para distribuidores privados ou com a própria Petrobras”, afirmou o presidente da YPFB, Armin Dorgathen, à Red Patria Nueva, da Bolívia, no domingo (11).
Sobre a Argentina, a Bolívia também vai encerrar suas obrigações contratuais com o país antes de 2025. Os argentinos estão construindo o gasoduto Néstor Kirchner, que ligará Vaca Muerta a Buenos Aires, e espera reduzir sua dependência das importações bolivianas.
Fonte: Epbr
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