O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30) que existe interesse crescente pelo aproveitamento do gás do pré-sal e que, segundo conversas que teve com a indústria química, haverá demanda suficiente para esse gás e para a oferta do gasoduto de Vaca Muerta, na Argentina.
“Com a queda da produção de gás da Bolívia, não vai faltar demanda de gás no Brasil mesmo que utilize a produção do pré-sal. Então financiar a indústria de aço no Brasil para fazer gasoduto, que tem o gás como garantia, não é se contradizer” afirmou o petista, que foi questionado na sede da Fiesp se não era contrassenso financiar obras no exterior diante das demandas internas.
“É possível pensar em parcerias com os argentinos, como no caso do gás ou do potássio, até porque do ponto de vista econômico é sustentável. Talvez nem precisasse de financiamento público”, disse Haddad. “A gente deveria explorar essa questão sem dogmatismo. Lembrando que tem uma discussão ambiental que deve ser considerada por causa do xisto, mas que, pelos relatos que tive, americanos resolveram de forma diferente, com preocupação ambiental.”
“A matriz energética que está se desenhando no Brasil é complexa, mas envolve uma transição que pode ser uma das mais rápidas que pode ser feita no mundo”, disse. “Estamos bem-posicionados para produzir insumos para a bateria elétrica, insumos para energia limpa, estão à mão. Temos oportunidades muito boas e a reforma tributária pode ajudar muito”, acrescentou.
Fonte: Valor Online
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