O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), voltou a defender a decisão de construção da Rota 4B, gasoduto ligando a Bacia de Santos ao Porto de Itaguaí, com capacidade de transportar 15 milhões de m³/dia de gás natural.
O projeto, pensado para escoar a produção futura do campo de Bacalhau, da Equinor, é alvo de disputa há anos entre Rio e São Paulo.
Castro justifica que a geração termelétrica no estado poderia ancorar a demanda para esse gás. “O Rio tem todo esse potencial termelétrico, só lá no porto do Açu já tem uma planta de 1.3 GW e mais uma de 1.7 GW em construção”. O governador participou de jantar promovido pelo Grupo Esfera, no Palácio das Laranjeiras.
Gás para produção de hidrogênio
Outra demanda, na avaliação do governador, seria a produção de hidrogênio azul, via reforma de gás natural com captura de carbono.
“Toda a questão do hidrogênio verde e azul, o Rio é hoje o melhor local também da transição energética. Nessa questão do gás, eu não tenho dúvida que é o combustível da transição, e o Rio é o maior produtor hoje e está vocacionado”.
A Compass, empresa do grupo Cosan e dona da Comgás, chegou a protocolar o licenciamento do projeto para o Rio, mas planeja seguir com o traçado original, para a Cubatão (SP), onde também está em vias de concluir o TRSP, terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL).
O campo de Bacalhau é operado pela Equinor (40%), em sociedade com a ExxonMobil (40%) e Petrogal (20%). Está em fase de desenvolvimento, para início de produção no fim da década.
O Rota 4 para o Rio de Janeiro foi um dos projetos levados pelo governo ao presidente Lula em fevereiro, quando os estados foram convidados a listar suas obras prioritárias para o governo federal.
Fonte: Epbr