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ES é estratégico para Brasil ter gás competitivo, diz presidente da Petrobras

A Petrobras possui duas unidades de tratamento de gás no Espírito Santo, em Linhares e Anchieta, que estão praticamente ociosas. Juntas, elas têm a capacidade de processar 20 milhões de m³ por dia, mas só algo perto de 20% disso está sendo utilizado. Diante de uma pressão da indústria e do próprio governo federal para que a estatal amplie a oferta de gás ao mercado, o parque capixaba tornou-se mais do que estratégico. “O gás brasileiro é diferente do norte-americano e do russo, que são de fácil exploração.

Aqui, o produto normalmente vem associado ao petróleo, as reservas são distantes e quase sempre muito profundas, ou seja, trata-se de algo logisticamente caro. Temos o desafio de monetizar o gás de maneira inteligente aqui no Brasil, é um sistema complexo. Diante disso, o Espírito Santo é estratégico, afinal, tem um parque relevante de processamento e tem uma malha de dutos que conectam o Brasil. Precisamos investir, e estamos fazendo isso, para renovar as reservas, esses ativos (dutos e unidades de tratamento) não foram construídos a esmo, precisam ser utilizados. Temos poços exploratórios programados, estamos na torcida para que saia gás”, explicou o presidente Jean Paul Prates, que esteve nesta segunda (18) em Vitória comemorando os 15 anos do pré-sal.

O diretor de Exploração de Produção, Joelson Mendes, que também veio a Vitória, destacou a posição logística favorável do Espírito Santo e disse que a campanha para encontrar gás natural está andando. “Estamos trabalhando e há poços a descobrir. Nosso objetivo é utilizar essa infraestrutura que está disponível e colocar o combustível, tão relevante para a transição energética no mercado.

A estrutura que está de pé pode dar a viabilidade econômica que precisamos”. Jean Paul Prates falou do mercado de gás como um todo. “Acho importante o gás, estamos trabalhando para ofertar mais, mas não acho que seja a redenção. Estamos ampliando nossos investimentos aqui dentro, queremos melhorar a produtividade do que vem da Bolívia, também vamos trazer da Argentina, mas não vai ser o suficiente. Aliás, o Brasil não pode ficar dependente externamente de gás, não precisamos disso. Temos uma série de outros combustíveis que podem compor isso aí, inclusive limpos. Precisamos trabalhar com outras fontes”

Fonte: A Gazeta (ES)

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