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Transição energética é tema de novo ACT assinado pela ABDI

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Abegás firmaram, nesta segunda (30), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT). O objetivo é unir esforços para promover a transição energética sustentável nas cadeias produtivas brasileiras por meio do gás natural, de modo a reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

De acordo com a presidente da ABDI, Cecília Vergara, a sustentabilidade do setor produtivo tem sido uma pauta importante trabalhada na Agência. “O mundo pede um novo padrão de sustentabilidade e a transição energética é essencial nesse processo”.

Para o gerente de Nova Economia e Economia Verde da ABDI, Marcelo Gavião, o instrumento será fundamental na força-tarefa para descarbonizar a indústria brasileira. “É preciso estimular o consumo do gás natural, uma energia que emite muito menos carbono que o petróleo e o carvão”.

Gavião explicou que o ACT vai trabalhar com metas de curto, médio e longo prazo, inicialmente nos segmentos da siderurgia, cimenteiro e de transportes pesados por serem os que mais poluem. “Apesar de serem responsáveis por uma grande emissão de CO2, esses segmentos, comparativamente aos de outros países, poluem menos que a média mundial. Em 20 anos, a indústria cimenteira reduziu, por exemplo, as emissões em 20%”.

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, destacou a necessidade de reduzir a emissão de carbono por meio da transição da matriz energética no âmbito da nova política industrial do governo federal. “Vi recentemente uma matéria mostrando que o Brasil foi o segundo país que mais gerou empregos na área da transição energética em todo o mundo, perdendo apenas para a China. Isso mostra que já estamos avançando e é preciso seguir assim”.

Presidente do Conselho de Administração da Abegás e da Bahiagás, Luiz Gavazza falou sobre a importância da parceria. “A substituição dos combustíveis mais poluentes, como diesel e óleo, pelo gás natural, trará redução da emissão de carbono e, no caso do transporte de passageiros e de cargas, quase zerar. Isso é uma matéria essencial no momento em que vivemos e sela a importância que a ABDI e a Abegás dão à transição energética integrada e sustentável”.

O fato de o segmento de transportes representar um terço da matriz energética do país foi destacado pelo diretor comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, presente ao evento de assinatura. “Esse segmento é quase responsável por 50% das emissões. Tem muita coisa que podemos fazer. O Brasil é importador de diesel, cerca de 15 bilhões de dólares ao ano por um combustível fóssil. Se a gente substitui pelo gás natural, a gente não ganha apenas na redução da pegada de carbono, mas também econômica e socialmente”.

Para ele, o grande desafio que o Brasil tem, hoje, é lidar com essa diversidade energética. “Apenas em gás natural teremos, nos próximos dez anos, um aumento de 50 milhões de metros cúbicos por dia. Só para ter ideia da ordem de grandeza, o segmento industrial hoje, no Brasil inteiro, consome 40 milhões de metros cúbicos por dia”, concluiu.

Fonte: Portal da ABDI

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