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Silveira quer reduzir em 25% preço final do gás natural para indústria, com ajuste na regulação

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, propôs, nesta quinta (18), que sejam feitos ajustes na regulação da atividade de escoamento de gás natural no Brasil para que haja uma redução do preço final do produto em 25% para a indústria, em especial. De acordo com o ministro, o gás natural no Brasil sai da “boca do poço”, onde é produzido, ao custo de US$ 2,86 por milhão BTU (unidades térmicas britânicas), mas somente o tratamento dado pelas unidades de processamentos (UPGNs) acrescentam mais US$ 9,22 ao mesmo volume. “Quando chega em terra, esse gás já custa para o brasileiro, para indústria nacional, US$ 12,08. Ou seja, chega na costa brasileira a preços muito acima da média internacional”, reclamou Silveira. Segundo o ministro, a esse valor ainda são somados mais US$ 2,04 do gasoduto de transporte e US$ 1,28 pelo serviço local de gás canalizado, totalizando o preço final de US$ 20,14 por milhão de BTU. “O gás no Brasil tem esse preço absurdo, que nós identificamos, e queremos agora discutir como é que vamos trabalhar para que tenha uma regulação moderna, segura no gasoduto do escoamento, porque não pode deixar de ter transparência na sua composição”, afirmou o ministro de Minas e Energia.

Ele contou que produtores acabam optando por reinjetar o gás no poço porque o preço final torna a comercialização inviável. “Se tivermos uma redução de US$ 7, estamos falando de redução de mais de 25% no preço do gás. É algo que a gente quer debater publicamente se tivermos uma regulação nos gasodutos de escoamento e nas estações de tratamento, nas UPGNs nacionais que são basicamente três: Rota 1, 2 e 3”, disse Silveira. Ele ressaltou a necessidade de promover um “choque de oferta” para aumentar a oferta, ao definir uma “âncora firme” ou um “alicerce sólido” na regulação. Isso, segundo ele, será feito com devido respeito aos contratos. Ao participar do evento, Silveira disse que só Rota 3, com o Projeto Raia, da Equinor, serão mais 14 milhões de m³ de gás no mercado brasileiro. O governo conta com outros projetos para ampliar a oferta de gás natural no país. O ministro citou adição de volumes de oferta de outros projetos, incluindo 18 milhões de m³ com o Projeto Sergipe Águas Profundas

Fonte: Valor Online

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