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Petrobras: Competição com terminais privados de GNL justifica baixar preço do gás, diz Tolmasquim

A nova política de preços do gás natural da Petrobras é uma resposta ao aumento da competição no mercado nacional, sobretudo com terminais privados de importação de gás natural liquefeito (GNL), afirmou nesta terça (14) o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Maurício Tolmasquim. Na sexta (10), a Petrobras anunciou que as novas modalidades comerciais valem para as distribuidoras de gás canalizado e para o mercado livre. E que os preços para as concessionárias estaduais podem cair até 10% com base no desempenho e volume negociado pelas companhias. No mercado livre, também foi adotada uma nova carteira com produtos mais customizados e competitivos. Tolmasquim explicou que a entrada de novos regaseificadores no Brasil ampliou a competição no país. Em março, a New Fortress Energy inaugurou o Terminal Gás Sul, conectado ao Gasbol, em Santa Catarina. Já a planta de regás da Eneva, em Sergipe, deve ser conectada à malha da Transportadora Associada de Gás (TAG) no segundo semestre. A empresa lançou uma mesa de comercialização e já firmou seus primeiros contratos de suprimento. Ambas as concorrentes apostam, principalmente, em produtos flexíveis.

Além da entrada de concorrentes, Tolmasquim cita que houve uma queda nos preços globais do gás natural, devido ao inverno mais brando na Europa. A migração de consumidores de gás para o mercado livre segundo ele, também contribuiu para a mudança na política de precificação do gás da estatal. “Isso levou a decidirmos reformular a política de preços. Essa política varia conforme a distribuição, em função da quantidade de consumo e de contratos”, afirmou. A nova precificação já está valendo e será incorporada, inclusive, aos contratos vigentes de suprimento de gás da Petrobras. A atual gestão da companhia tem sinalizado que pretende garantir fatia de mercado. Nos últimos anos, a Petrobras perdeu espaço no suprimento de gás, sobretudo no Nordeste, em meio à venda de ativos e às alterações do Novo Mercado de Gás — que permitiu a entrada de novos atores nesse segmento.

A Petrobras informou ainda prevê iniciar as operações no projeto integrado do gasoduto Rota 3 dentro do prazo atual, com partida no segundo semestre de 2024. A construção da unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Polo Gaslub (Antigo Comperj), em Itaboraí (RJ), está em fase final, disse o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos.  Em julho a Petrobras prevê iniciar a pressurização reversa do gasoduto de escoamento. Ao todo, a UPGN vai ter capacidade para processar 21 milhões de m³/dia de gás, enquanto o gasoduto poderá receber até 18 milhões de m³/dia.

Fonte: Epbr

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