A CDGN, comercializadora do grupo MDC, vai ampliar em 51% a capacidade da planta de descompressão de Mata de São João, na Bahia, dos atuais 132 mil m3/dia para 200 mil m3/dia em 2025. A base, mais novo ponto de entrega da CDGN para a Bahiagás, foi inaugurada há oito meses e já está licenciada para a ampliação. Com a entrada em operação da nova unidade, a capacidade instalada total da CDGN atingiu os 300 mil m3/dia. Hoje a empresa entrega gás natural comprimido (GNC), adquirido de operadores independentes, para clientes industriais e distribuidoras. Na Bahia, comercializa para a Bahiagás e diretamente para dois clientes industriais, a Braskem e a Bracell, no Polo Petroquímico.
Em São Paulo, tem parceria no chamado “gasoduto virtual” com a Comgás, para entrega de GN para a Dow Química. O biometano também faz parte do portfólio da CDGN. De acordo com o diretor comercial da empresa, Juarez Abdalla, com a inauguração, prevista para esse ano, da nova planta de biometano do grupo MDC, no aterro sanitário de Caieiras (SP), serão adicionados 68 mil m3/dia de capacidade de produção aos 115 mil m3/dia já produzidos nas unidades do Rio de Janeiro (15 mil m3/dia) e de Fortaleza (100 mil m3/dia). “Alguns produtores de biometano precisam escoar esse gás e nem sempre têm o gasoduto ou um mercado consumidor próximo que justifique fazer uma pequena rede, mesmo combinado com a distribuidora.
A CDGN oferece o serviço de compressão, transporte, logística e descompressão, com entrega ao cliente final ou mesmo comprando e revendendo esse biometano para a indústria”, disse Abdalla. Para o mercado de GNV, embora hoje não seja o foco da empresa, a CDGN vem discutindo com algumas distribuidoras para a implantação dos “corredores azuis”, onde são instalados postos de GNV abastecidos com GNC. Segundo Abdalla, estão em curso discussões com distribuidoras da Bahia, Sergipe e Rio de Janeiro.
A CDGN emitiu os primeiros certificados de rastreabilidade de biometano do país, o Gas REC, certificado no Brasil pelo Instituto Totum. E já vendeu esses certificados para as empresas Heineken e Metzo. “O certificado de rastreabilidade proporciona ao usuário final do gás, que não tem acesso físico à molécula do biometano, reportar suas emissões fósseis como emissões biogênicas, ou seja, é como se ele queimasse o biometano no processo de escopo um dele”, explicou Abdalla. “Esse certificado foi uma aposta dessas empresas, em contato com o GHG Protocol, para amadurecer essa ideia e aprovar o aceite desses reportes como emissão biogênica”, completou. Segundo ele, o processo de certificação no Brasil está em análise no GHG Protocol e a previsão é que esteja estruturado em um ano e meio a dois anos.
Fonte: PetróleoHoje
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