O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quarta (11) que o governo brasileiro está com “discussões avançadas” com a Argentina para viabilizar o uso do gás natural da região argentina de Vaca Muerta. O uso desse combustível depende de negociação sobre o uso da rede de gasodutos Brasil-Bolívia. Segundo o ministro, outras tratativas estão sendo mantidas com países vizinhos. Ele citou a negociação com presidentes do Paraguai e da Colômbia para “ampliarmos as rotas possíveis”. As declarações do ministro foram dadas na abertura do evento “O Papel do Gás Natural e do Biometano na Transição Energética Justa, Acessível e Sustentável”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na sede do Ministério de Minas e Energia. Em seu discurso, Silveira disse que o gás natural tem importância “inegável” para o país. “Não aceitamos reinjetar a metade da produção offshore dessa riqueza. Nossa produção está em 140 milhões de m3/dia”, afirmou, ressaltando que não se pode aceitar que as plataformas de petróleo destinem ao subsolo 73 milhões de m3/dia, enquanto a média mundial de reinjeção nas plataformas marítimas (offshore) é de 28%.
Silveira voltou a defender o programa Gás para Empregar. Segundo ele, a iniciativa vai garantir mais disponibilidade de gás natural, especialmente para a “produção nacional de fertilizantes, petroquímicos e de outros setores altamente intensivos e que dependem desse insumo”. Ele considera que a redução do custo do gás virá do combate aos “abusos” cometidos no mercado e com a remuneração de “maneira justa” das infraestruturas de escoamento do gás existentes no país. O governo tem grande expectativa com o início da operação gasoduto Rota 3. De acordo com Silveira, o lançamento do projeto foi antecipado e será entregue ainda nesta semana em evento no Rio de Janeiro. “Teremos a oferta de até mais 18 milhões de m3/dia”, ressaltou
Fonte: Valor Online