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SCGÁS 20 anos: “Momento é desafiador”, diz presidente Otmar Muller sobre redução de quase 30% no consumo

 O cenário exposto para a celebração dos 20 anos de atuação da SCGÁS em Criciúma, difere do contexto de comemoração quando a empresa iniciou as atividades da cidade. A época o ano era 2000 e o combustível uma alternativa atrativa, especialmente, para a indústria, tornando o setor mais competitivo. Logo o fornecimento chegou ao atendimento residencial colocando a cidade na atual marca de maior consumidor de gás natural no estado, com 37% dos mais de 26 mil clientes da companhia, entretanto com retração de 27% no uso, se comparado aos últimos dois anos. O índice negativo, que impacta diretamente no preço do energético, é fruto de uma crise no mercado mundial e conforme o presidente da SCGÁS, Otmar Muller, sem perspectivas de melhora até 2025. “Nós nos encontramos assim num momento delicado, num momento difícil e essa retração de consumo acaba também afetando o preço da tarifa, porque a atividade de distribuição é uma atividade de custos fixos e então quanto menor o volume, maior acaba sendo o preço unitário. Aí além disso também nós tivemos nos últimos anos, de 2021 para cá, uma reviravolta no mercado mundial.  A China passou a substituir grande parte do uso de carvão mineral e passou a usar gás natural, isso aí já provocou um aumento no preço internacional e para culminar o problema houve a guerra da Rússia ali contra a Ucrânia e que tumultuou todo o mercado europeu”, explicou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior.

Ele acrescentou que apesar da estabilidade apresentada em 2024, o preço do gás é 40% mais caro no mercado mundial nos últimos três anos. “Isso tudo também afetou a competitividade, o gás ficou com preço muito próximo da gasolina, que é um outro mercado que consome significativamente o gás, então deixou de ser vantajoso o uso do gás natural ou menos vantajoso o gás natural, então também houve redução de consumo e até o gás de botijão, quando fornecido a granel para indústrias, também voltou a ficar competitivo frente ao gás natural.  Então isso que provocou essa redução de 27% e o triste nisso é que a perspectiva que nós temos das indústrias é que esse nível de consumo vai persistir agora até o final desse ano e mesmo no próximo ano ainda não se enxerga, assim uma reversão da construção civil que leve ao aumento do consumo de gás. Então, nós realmente estamos, assim, num período difícil”, reforçou. Atualmente, Criciúma conta com 117 unidades comerciais e 9.905 residências conectadas à rede de gás natural, abrangendo mais de 236 condomínios. O consumo mensal é de 8 milhões de metros cúbicos, equivalente a 17% do consumo total da concessionária. No setor industrial, Criciúma ocupa a segunda posição no Estado, com 23 unidades atendidas, atrás apenas de Joinville, que possui 52. O gás natural é determinante na competitividade da indústria catarinense, em especial nos setores que o têm como um dos principais custos. É o caso da indústria cerâmica, especialmente atingida porque, além da alta do gás nos últimos anos, enfrenta uma baixa no mercado da construção civil.

Fonte: Portal 4 oito (SC)

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