O consumo de gasolina na frota brasileira pode atingir seu pico em 2025 e entrar em trajetória de queda nos anos seguintes, na medida em que o etanol e a eletrificação ampliam sua participação na matriz de transportes. Estudo da EPE estima que a demanda de energia para veículos leves atingirá 65,9 bilhões de litros de gasolina equivalente em 2034, considerando gasolina C, etanol hidratado e eletricidade. Neste cenário, a demanda de gasolina A (sem etanol anidro) atinge seu pico em 2025, chegando ao fim do horizonte decenal com o volume anual de 30,9 bilhões de litros — em 2023, o consumo foi de foi de 33,6 bilhões de litros. O mesmo ocorre com a gasolina C, vendida nos postos com a adição de 27% de etanol anidro. O consumo é estimado em 42,4 bilhões de litros em 2034, ante 46,6 bilhões de litros em 2023. Esses volumes representam uma queda de aproximadamente 12% entre 2025 e 2034, com reflexos semelhantes na demanda por etanol anidro, caso o percentual de mistura obrigatória se mantenha em 27%. Vale dizer que está em discussão no governo o aumento para 30%. Mantido o E27, o consumo de anidro em 2034 seria de 11,4 bilhões de litros, ligeiramente abaixo dos 12,9 bilhões de litros em 2023.
As vendas de veículos leves estão previstas para crescer e atingir a marca de 3,9 milhões de veículos novos em 2034, com a frota brasileira chegando a 47 milhões de veículos em circulação no período analisado. Apesar do licenciamento crescente de veículos eletrificados, a EPE projeta que categoria flex continuará com a maior participação na frota, com uma janela otimista para o etanol hidratado, concorrente da gasolina. A expectativa é de um salto dos 18,1 bilhões de litros registrados em 2023, para cerca de 33 bilhões de litros em 2034, um crescimento de médio de 5,9% a.a. entre 2025 e 2034.
Fonte: Eixos
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