ANP autoriza excepcionalmente fornecimento de biometano a caminhões

A diretoria da ANP aprovou uma autorização excepcional para a Gás Verde operar um ponto de abastecimento da L’Oréal, localizado no município de Jarinu (SP). A proposta é substituir a frota atual de caminhões a óleo diesel de origem fóssil por caminhões movidos a gás renovável. É a primeira vez que a agência aprova uma instalação para abastecimento de veículos exclusivamente com biometano. A decisão é resultado de um processo iniciado há 10 meses, quando a Gás Verde solicitou a autorização excepcional ao órgão regulador, uma vez que não há uma regulamentação específica para ponto de abastecimento do biocombustível no país. O pedido foi formalmente aprovado pelas superintendências técnicas e ratificado pela AGU antes de ser aprovado pela diretoria da ANP. Mesmo sem a previsão em resolução, a agência concedeu a autorização excepcional por entender que se trata de um projeto importante na direção da diversificação da matriz energética veicular nacional. O biometano previsto na iniciativa será produzido em Seropédica (RJ) e Jarinu (SP). O projeto envolve ainda outras autorizações – neste caso, todas concedidas –, envolvendo diferentes áreas da agência, por tratar de questões como especificação, produção, comercialização e transporte do gás renovável.

O presidente da Gás Verde, Marcel Jorand comemorou a decisão e o fato de o pedido da empresa representar um marco precursor para a instalação de pontos de abastecimento de veículos exclusivamente com biometano. “Esta autorização, que é inédita por conta da inovação do projeto, é um estímulo para projetos de transição energética e mostra que o biometano é estratégico para esse objetivo”, afirmou. “Esta aprovação impulsiona a descarbonização de nossas operações e convida outras empresas a investirem conosco em energia renovável”, complementou Juliana Fleming, diretora de Operações do Grupo L’Oréal no Brasil. Além do abastecimento da frota de caminhões, a Gás Verde também fornece biometano como fonte de energia para a produção industrial dos produtos da L’Oreal em São Paulo.

Fonte: EnergiaHoje