Comprada pela Compass Gás & Energia, do grupo Cosan, em 2022, a Sulgás tem expandido o fornecimento de gás natural principalmente para municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre e da Serra Gaúcha. O setor industrial é o principal cliente, correspondendo a 83% do volume distribuído.
Esse percentual pode crescer ainda mais caso uma oportunidade de desenvolvimento mapeada pela Sulgás saia do papel: o abastecimento de gás para pequenas e médias indústrias gaúchas instaladas a até 500 metros da rede instalada.
A rede da empresa atende 37 municípios do Rio Grande do Sul. Nas suas proximidades, poderão ser beneficiadas entre 360 e 400 indústrias de pequeno e médio porte, concentradas principalmente nas duas grandes regiões já atendidas pela rede de gás natural.
“A Companhia acredita no desenvolvimento da economia gaúcha e aposta neste crescimento para expandir sua operação. São potenciais clientes com os quais podemos contribuir com a disponibilização de um combustível seguro e eficiente que é o gás natural. A Sulgás reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e crescimento do mercado industrial do Rio Grande do Sul”, afirma o diretor comercial da empresa, Charles Netto.
O fornecimento de gás natural poderá ser expandido também para novas cidades. É o caso de Lajeado, que está em processo de licenciamento para iniciar um projeto de distribuição de energia a partir da instalação de uma rede local.
Caso a licença seja aprovada, enquanto a tubulação necessária para o transporte de gás não for inaugurada, a empresa deverá levar o gás até um posto de descompressão por meio de caminhões e, a partir dali, abastecer a cidade. Caso tenha resultados positivos, o processo poderá ser replicado também em Santa Cruz do Sul entre 2026 e 2027.
Ao todo, a Sulgás anunciou o investimento de R$ 67 milhões em 2025 após uma redução da projeção inicial de R$ 130 milhões que estavam no plano inicialmente encaminhado à Secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura para aprovação do governo estadual. O patamar é semelhante aos observados no período pré-concessão. A empresa justifica que os valores previstos da tarifa previstos no contrato de concessão não estão sendo cumpridos, por isso fez o ajuste. E observa que, desde 2022, os aportes estavam crescendo constantemente, chegando ao recorde de R$ 100 milhões em 2024, quando o atendimento chegou a 100 mil clientes.
Fonte: Jornal do Comércio Online (RS)
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