A Origem Energia recebeu, nesta terça (15), licença ambiental prévia, concedida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas, para seu projeto de Estocagem Subterrânea de Gás Natural (ESGN) no estado, que exigirá investimentos de US$ 200 milhões. O anúncio do licenciamento foi feito pelo presidente do IMA, Gustavo Lopes. O projeto, que tem o potencial de estocar 1,5 bilhão de m³ de working gas (gás que pode ser injetado e retirado), será desenvolvido em parceria com a TAG no campo de Pilar, parte do Polo Alagoas, localizado na bacia de mesmo nome. A fase inicial prevê 50 milhões m³ de estocagem de working gas no ínicio, com volumes pequenos de injeção em cerca de 800 mil m³/dia e a retirada em torno de 400 mil m³/dia e 500 mil m³/dia. De acordo com George Santoro, secretário-executivo do Ministério dos Transportes, o projeto de armazenamento subterrâneo de gás é inovador e tem capacidade de atrair indústrias e empregos para o estado. “Esse projeto de estocagem em Alagoas vai virar referência no país e tem condições de abrir um novo ciclo de investimentos no estado, atraindo indústrias e qualificando a mão-de-obra”, disse, segundo o comunicado.
Origem Energia recebe licença prévia para projeto de estocagem de gás (Desafios)
Symone Araújo, diretora da ANP, disse que a agência reguladora vai lidar com três grandes desafios no processo de tarifa de transporte da molécula neste ano: o regulatório, com uma participação social na tarifa de transporte; o contratual, com um contrato no Nordeste que vence este ano e, com isso, a expectativa de que ocorra uma tarifa menor; e o terceiro, com novos agentes para movimentar o gás na malha. “Com este projeto de estocagem no qual a Origem está se dispondo a investir, que é o primeiro da América Latina, as tarifas mais módicas vão auxiliar esta nova infraestrutura, o que é importante para a abertura do mercado de gás. Podem contar com nosso papel para contribuir com a atração de investimentos”, afirmou Araújo, segundo o comunicado. Por fim, o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho, destacou os investimentos realizados (de cerca de US$ 120 milhões por ano) na revitalização da produção no Polo Alagoas. “Quando a Origem assumiu o Polo Alagoas, em 2022, a produção era de 3,5 mil boe, sendo 300 mil m³ de gás. Com estes investimentos, a Origem elevou a produção para 15 mil boe, quatro vezes mais do que a produção inicial. Hoje, Alagoas produz 1,6 milhão de m³/dia de gás e esperamos elevar esse volume para mais de 2 milhões de m³/dia de gás”, afirmou.
Além dos recursos destinados ao projeto de armazenagem de gás, a Origem pretende investir outros US$ 500 milhões em termelétricas no estado, totalizando US$ 700 milhões a serem aplicados no estado até 2030. “O objetivo é tornar Alagoas a grande bateria do sistema elétrico brasileiro”, disse Coutinho. A empresa prevê a construção das primeiras termelétricas no estado, com capacidade de 500 MW, de acordo com resultado do Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP), previsto para os próximos meses. “Esperamos que o estado seja vencedor deste leilão e que possamos trazer este investimento para a população alagoana”, completou o CEO da Origem.
Fonte: PetróleoHoje
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