Os preços do petróleo fecharam em forte baixa na sexta-feira (25), para as mínimas em várias semanas, depois de relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia estão cogitando aumentar a produção em cerca de 1 milhão de barris por dia. A medida seria adotada para compensar a esperada queda na oferta pelo Irã e Venezuela, dois países que devem ser submetidos a sanções dos Estados Unidos.
Também, hoje, a Baker Hughes informou que o número de sondas de petróleo em operação nos EUA aumentou em 15 unidades, para 859, nesta semana. Foi a maior alta desde a semana encerrada em 9 de fevereiro. O dado é considerado um indicador antecedente de aumento da produção americana, e contribuiu para confirmar o sinal negativo da commodity.
O petróleo WTI para julho caiu 4%, a US$ 67,88 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), o menor valor de fechamento desde 1º de maio, além de recuar 4,9% na semana, a primeira queda em cerca de um mês nesta comparação.
Já o Brent para o mesmo mês registrou baixa de 3%, a US$ 76,44 o barril na ICE Futures, em Londres, nível mais baixo desde 8 de maio, levando a uma baixa de 2,6% na semana.
Nesta sexta-feira, o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, deu sinais de que a Opep e seus aliados podem flexibilizar os cortes de produção em breve, embora não tenha dado uma data específica para isso.
Em entrevista à Bloomberg, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, al-Falih disse acreditar que “no futuro próximo será a hora de liberar a oferta” de maneira suave para evitar choques ao mercado. Quando a Opep, a Rússia e outros produtores se encontrarem em junho, “faremos o que for necessário” para acalmar os consumidores, disse.
Fonte: Valor Online
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