Os preços do petróleo fecharam a sessão de segunda-feira (14) com perdas significativas, pressionados por uma queda inesperada nas exportações chinesas, que desencadearam receios em torno da desaceleração da economia do país asiático e do que isso pode significar para a demanda pela commodity.
A China reportou nesta segunda-feira uma redução de 4,4% nas exportações em dezembro, contrariando a expectativa de consenso, que era de alta de 2,5%, e recuando do crescimento de 5,4% do mês anterior.
“Os dados comerciais ruins da China deram aos mercados um lembrete na manhã desta segunda-feira de que a economia chinesa e o comércio global estão em desaceleração”, disse Kit Juckes, estrategista do Société Générale, em nota a clientes.
No entanto, “olhando além dos números principais, vale ressaltar que as importações de petróleo bruto pela China continuam altas, de acordo com os dados, que apontaram o segundo mês consecutivo acima da marca dos 10 milhões de barris diários”, disse Harry Tchilinguirian, estrategista-chefe global de commodities do BNP Paribas.
Os contratos do WTI para fevereiro fecharam em queda de 2,09%, a US$ 50,51 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), enquanto os do Brent para março recuaram 2,46%, a US$ 58,99 por barril, na ICE, em Londres. No domingo (13), o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse que os maiores produtores da commodity precisam se coordenar para evitar as oscilações pronunciadas nos preços quando caem abaixo de US$ 60 ou sobem acima de US$ 86, no caso da referência global, o Brent.
“Precisamos restringir a margem de flutuação, da volatilidade. Precisamos fazer mais, com número maior de produtores trabalhando conosco, da melhor forma que conseguirmos fazer”, disse o ministro saudita durante participação no Fórum de Energia Global do Conselho Atlântico, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Fonte: Valor Online
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