O polo cerâmico seria formado pelas 36 indústrias já existentes nos municípios de Iranduba e Manacapuru, e que têm interesse pela mudança da matriz energética
A nova gestão da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Amazonas (Arsam) apresentou aos representantes do Sindicato das Cerâmicas do Estado do Amazonas (Sindiceram) e Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária responsável pela distribuição do gás natural no estado do Amazonas, um estudo para discutir a viabilidade técnica e comercial para o uso de gás natural canalizado no processo de fabricação das indústrias de cerâmica, localizadas nos municípios de Iranduba e Manacapuru.
O parecer da Arsam indica, como uma alternativa para viabilizar o projeto, a criação de um polo cerâmico formado pelas 36 indústrias já existentes nesses municípios que têm interesse em optar pela mudança da matriz energética, o que seria possível desde 2009, com a conclusão do gasoduto Coari-Manaus. “Há dois citygates (ponto de mudança de custódia entre Petrobras e Cigás) não utilizados que podem atender essas indústrias, se houver possibilidade de expansão da rede de gás por parte da Cigás”, declarou Rodrigo Simões, um dos engenheiros responsáveis pelo estudo.
De acordo com o presidente do Sindiceram, o empresário Sandro Santos, outros setores como madeireiro e frigorífico também podem ser contemplados. “O Amazonas tem potencial para ser líder nesse setor, pois temos a maior bacia geológica de argila do Brasil e estamos perto de países que têm total interesse na exportação de cerâmica”.
O setor oleiro cerâmico gera quatro mil empregos diretos e tem elevada participação na formação do Produto Interno Bruto da região amazônica. Cerca de 70% do valor da sua produção é relacionada ao valor agregado bruto. Um dos próximos passos da Agência nesse sentido será convocar uma audiência pública para que o assunto seja discutido nas principais esferas públicas.
“A minha gestão será pautada por ações rápidas com foco no benefício que elas trarão para a sociedade. Menos discussão e mais ação”, garantiu o diretor-presidente Acram Isper Jr, que destacou que o uso do gás natural canalizado nesse processo fabril irá diminuir a queima de madeira em benefício ao meio ambiente.
Fonte: A Crítica (AM)
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