Os preços do petróleo voltaram a fechar em baixa na terça-feira (5), antes da divulgação de dados de estoques nos Estados Unidos e diante de um novo dia de fortalecimento do dólar. Como o barril é cotado em dólar, a valorização da divisa americana encarece o acesso ao petróleo para investidores internacionais.
Em Nova York, o contrato de WTI com vencimento em março fechou em baixa de 1,65%, a US$ o barril. Em Londres, Brent (abril) caiu 0,85%, para US$ 61,98 o barril.
O índice DXY – que mede o valor do dólar frente a uma cesta de moedas – subia 0,24%, em alta pelo segundo pregão consecutivo.
Os estoques aumentaram nas últimas duas semanas até 25 de janeiro e os relatórios de estoque que estão por vir podem mostrar uma nova elevação na disponibilidade do insumo, à medida que a demanda por combustíveis se reduz. A preocupação é que os preços sejam pressionados conforme a demanda diminui e a produção nos EUA, na Arábia Saudita e na Rússia segue em patamares elevados.
Venezuela
Mais recentemente, porém, o petróleo até obteve algum suporte, diante da incerteza sobre a oferta de países como a Venezuela. Na semana passada, os EUA impuseram sanções à PDVSA, gigante petrolífera estatal da Venezuela, num esforço para minar o governo do presidente Nicolás Maduro. O movimento seguiu a decisão do governo Trump, do fim do mês passado, de reconhecer o líder da oposição do país, Juan Guaidó, como presidente interino.
Segundo o “Wall Street Journal”, as sanções dos EUA já estavam restringindo as exportações do petróleo venezuelano, empurrando a combalida indústria petrolífera sitiada do país para mais perto do colapso.
Ao mesmo tempo, vários países da União Europeia (UE) reconheceram, na segunda-feira (4), Guaidó como líder interino da Venezuela. “Isso significa que os europeus provavelmente se unirão às sanções dos EUA contra a Venezuela”, afirmaram analistas do Commerzbank, segundo os quais essa seria mais uma medida com potencial de prejudicar ainda mais a oferta
do país sul-americano.
A Venezuela é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e atualmente ocupa a presidência rotativa do cartel.
Fonte: Valor Online
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