Os preços do petróleo fecharam em forte queda na quinta-feira (7), ampliando as quedas no final da sessão com sinais negativos sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Os contratos do petróleo WTI para março fecharam em queda de 2,53%, a US$ 52,64 por barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York, enquanto o Brent para abril recuou 1,69%, a US$ 61,63 por barril na ICE, em Londres.
O petróleo operou em queda durante toda a sessão, depois que um general líbio retomou o controle do maior campo de petróleo da Líbia. O campo de Sharara pode produzir cerca de 315 mil baris/dia e foi fechado no fim do ano passado, após um grupo armado ter assumido o controle das instalações, exigindo do governo melhores condições de vida na região. A sua retomada reforça os temores de excesso de oferta global da commodity.
Na tarde desta quinta-feira, os preços da commodity deram um salto, depois que o conselheiro econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse que uma “distância significativa” permanece entre a China e os EUA nas negociações comerciais entre os dois países.
Separadamente, um representante da Casa Branca disse à CNBC que uma reunião entre o presidente Trump e a sua contraparte chinesa, Xi Jinping é “muito improvável” antes do dia 1º de março, quando termina o cessar-fogo tarifário de 90 dias acordado entre os dois países no final do ano passado. A notícia preocupa pois, caso não haja resolução para a disputa até esta data, as tarifas comerciais podem voltar a subir nos EUA. No entanto, uma fonte ligada à Casa Branca disse à CNBC que isso pode também não ocorrer.
O petróleo ampliou as quedas com a perspectiva de que a guerra comercial pode afetar negativamente a China, que é o maior importador líquido da commodity, gerando receios sobre a possibilidade de redução da demanda.
Fonte: Valor Online
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