A EPE pretende colocar, na sua pauta de prioridades, os estudos sobre o escoamento do gás natural, principalmente o originário do pré-sal, associado ao petróleo. O presidente do órgão planejador, Thiago Barral, disse, em conversa com jornalistas na sexta-feira (15/2), que o setor se encontra diante de uma escolha difícil, pois se injetar o insumo nos campos de produção, para monetizar o óleo, perde a oportunidade de aproveitar esse energético.
A nova modelagem dos estudos indicativos sobre ampliação da infraestrutura de escoamento está sendo estudada pela EPE e a tendência é que no segundo semestre esteja definido um novo formato, que será inserido nos debates sobre o escoamento do gás do pré-sal.
De acordo com Barral, a injeção nos campos ajuda a produção petrolífera a ampliar os níveis de recuperação de petróleo, amplia a monetização do óleo do pré-sal, mas por outro lado, acaba deixando de lado a chance de utilizar o gás em outras aplicações como geração de energia ou na indústria.
Uma das opões que estão sendo estudadas, segundo ele, é uma forma de trazer o gás para a costa e torná-lo disponível para o consumo. Barral cita o modelo usado na termelétrica Marlim Azul, em Macaé, que vendeu energia no leilão A-6 de 2017, e definiu uma inflexibilidade que lhe permite praticamente gerar energia na base, o que seria uma das opções mais indicadas para a destinação do gás do pré-sal.
Marlim Azul, com 565 MW de capacidade instalada, é objeto de uma joint-venture anunciada esta semana que inclui Pátria Investimentos, Shell e Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS). A usina receberá aporte de aproximadamente US$ 700 milhões. Primeira térmica a usar gás do pré-sal, deve entrar em operação em 2022.
Fonte: Brasil Energia
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