A Engie Brasil Energia (EBE, antiga Tractebel Energia) espera que a Petrobras realize a segunda rodada de ofertas de aquisição da Transportadora Associada de Gás (TAG) logo após o Carnaval. A companhia, junto com sua controladora, a francesa Engie, teve preferência no processo concorrencial, por ter oferecido o melhor preço na primeira fase, e, por isso, pode discutir com a estatal o desenho final do negócio.
“Estamos no término da documentação. Está em fase final. Aí, eles [Petrobras] vão chamar os outros ofertantes para fazer a oferta final com base nos documentos que foram negociados. Isso deve levar entre duas e três semanas”, disse o presidente da EBE, Eduardo Sattamini, ao Valor. “Imaginamos que [seja] logo após o Carnaval”, completou ele, acrescentando que o cronograma é definido pela Petrobras.
Na última semana, o Valor informou que a oferta do grupo francês por 90% da TAG foi de U$ 8 bilhões. Dentro desse valor está a quitação imediata de uma dívida com o BNDES, relacionada à construção da TAG, estimada em R$ 5 bilhões. A empresa é dona de uma rede de gasodutos de cerca de 4,5 mil km no Norte e Nordeste.
Segundo Sattamini, a EBE também está estudando oportunidades de aquisições nos segmentos de geração e transmissão de energia. “Estamos olhando, sim, outros projetos, mas são coisas que estão ainda sob sigilo dos acordos de confidencialidade. Estamos olhando outras coisas na parte de transmissão e na parte de geração também”, completou o executivo.
A empresa prevê investir R$ 2,588 bilhões em 2019. Os recursos serão destinados principalmente para os projetos eólicos de Umburanas e Campo Largo II, na Bahia, a termelétrica a carvão de Pampa Sul I, no Rio Grande do Sul, prevista para entrar em operação este ano, e aos projetos de linhas de transmissão da empresa, cujo início de implantação está previsto para o fim deste ano.
A EBE reportou ontem lucro líquido de R$ 2,31 bilhões em 2018, valor 15,5% superior em relação ao ano anterior. Na mesma comparação, a receita operacional líquida cresceu 25,5%, para R$ 8,79 bilhões, e o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 24,1%, totalizando R$ 4,36 bilhões.
Segundo a empresa, o bom desempenho se deve à incorporação das hidrelétricas de Jaguara e Miranda (MG), às operações realizadas no mercado de curto prazo e aos aumentos tanto de preço médio quanto do volume de vendas.
Fonte: Valor Econômico
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