Com edital empresas terão tempo de negociar contratos com supridores para início de fornecimento em 2020
O lançamento da consulta pública à minuta do edital da chamada pública de contratação de capacidade do Gasbol, operado pela TBG, dá alívio às distribuidoras do Centro-Sul. Isso porque as empresas temiam um descasamento entre a contratação de capacidade e o suprimento de gás natural. A região é praticamente toda atendida pelo gasoduto que vem da Bolívia, com exceção de São Paulo, que é atendido por um mix de gás boliviano e gás nacional.
Com o edital prestes a ser lançado, o presidente da GasBrasiliano, Walter Piazza Júnior, disse à Brasil Energia que, após a entrega das propostas, até o próximo dia 29/3, as empresas terão tempo para concluir as negociações com os futuros supridores ao longo do ano. Desta forma, o início do fornecimento poderá ocorrer a partir de 2020, com era o esperado.
O edital prevê a disponibilidade de quatro produtos para a capacidade de entrada e mais quatro para a saída, totalizando oito. Para a capacidade de entrada serão oferecidos, no primeiro produto, dois contratos de serviço de transporte firme contíguo, com duração de 12 meses, entre janeiro de 2020 e dezembro de 2021.
O segundo produto será apenas um contrato de serviço a ser firmado entre janeiro e dezembro de 2022; o terceiro entre janeiro e dezembro de 2023; e o quarto, de janeiro até dezembro de 2024.
Já com relação à capacidade de saída, no primeiro produto, serão dois contratos firmes, com duração de 12 meses cada, para o período total de janeiro de 2020 até dezembro de 2021. Os demais produtos seguem os prazos respectivos dos contratos de entrada.
Pelos termos do edital, o carregador habilitado poderá pedir a contratação de até oito produtos. Foram estabelecidos nove pontos de saída ao longo do trajeto do gasoduto, sendo o primeiro no Mato Grosso do Sul; quatro em São Paulo; um no Paraná; dois em Santa Catarina; e um no Rio Grande do Sul, nessa ordem. Já os pontos de entrada serão em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, próxima à fronteira com a Bolívia, e na Refinaria de Paulínia.
Fonte: Brasil Energia
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