Os preços do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (07), sofrendo com as ações e outros ativos de risco depois que líderes dos Estados Unidos acusaram a China de renegar seus compromissos nas negociações comerciais, corroendo a confiança de que as duas maiores economias do mundo chegarão a um acordo comercial.
Os futuros West Texas Intermediate (WTI), o índice de referência dos EUA, caíram 1,36% para US$ 61,40 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York – o menor fechamento desde 29 de março. Os preços do WTI caíram cerca de 7,4% em relação à máxima de quase seis meses atingida em 23 de abril, embora ainda acumulem alta de cerca de 35% em 2019.
Já o petróleo Brent, a referência global da commodity, recuou 1,9%, para US$ 69,88 o barril, na Bolsa Intercontinental de Londres.
A ansiedade em torno de uma desaceleração econômica global que afete o consumo de combustível cresceu após o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer ter dito, na noite de segunda-feira (7), que as tarifas sobre as importações chinesas subirão para 25% a partir de sexta-feira (10). Essas observações seguiram os tweets de domingo (5) do presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçaram expandir as taxas a quase todas as importações chinesas.
Os investidores têm tentado decidir se as ameaças são genuínas ou uma tática de negociação que visa aumentar a pressão sobre Pequim. Apesar das recentes farpas, as negociações entre os dois lados devem continuar entre quinta (9) e sexta-feira em Washington.
A volatilidade já havia começado a voltar aos mercados de energia antes das recentes atualizações de estoques americanos, com alguns analistas desconfiados de que o corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo não conseguirá dar a recuperação aos preços de 2019. Os estoques subiram em cinco das últimas seis semanas até 26 de abril, avançando para seu nível mais alto desde setembro de 2017.
Fonte: Valor Online