A FGV cobrou explicações do consultor Marco Tavares pela “utilização indevida” do timbre da instituição em slides. O material foi apresentado em workshop do MME (Ministério de Minas e Energia), realizado em 29 de abril de 2019.
O consultor é um dos autores da proposta de abertura do setor de gás apresentada ao governo e elaborada a pedido do ministro Paulo Guedes (Economia), ainda em 2018. Tavares foi convidado a participar do projeto pelo professor Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central.
O material está disponível no site oficial do MME, identificado como se fosse de autoria da FGV.
O uso do material no workshop foi questionado pela Abegás. No documento encaminhado, a associação pergunta se a FGV “reconhece a autoria do material usado” e se existe ligação de Tavares com a instituição. Em resposta ao pedido de explicações, a FGV afirmou que “não reconhece a autoria da versão da apresentação Novo Mercado de Gás Natural no Brasil” disponibilizada no portal do MME. Diz, ainda, que Tavares não tem ligação com a instituição. Por sua vez, o consultor disse que foi convidado pela equipe do MME para apresentar as sugestões encaminhadas pelo Centro de Economia Mundial, ligado à FGV, ao governo federal. Tavares substituiu Langoni, que não foi ao evento. “As opiniões emitidas durante o seminário eram as minhas pessoais como Gas Energy e não necessariamente as da FGV. […] Em resumo ao acima exposto, não falei em nome da FGV nem tive a intenção de usar o seu logo além do objetivo explícito de substituir o convite feito ao Professor Langoni e a pedido deste para apresentar as sugestões “, diz o documento. Tavares é sócio-fundador da Gas Energy. Como ele mesmo definiu à FGV, trata-se de “uma empresa que presta consultoria na área de gás natural, tendo como clientes mais de uma centena de grandes empresas de todos os elos da cadeia de gás”.
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Fonte: Poder 360
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