Diante de uma agenda importante para o futuro dos preços do petróleo no curto prazo, os contratos mais líquidos das referências americana e global encerraram a sessão desta sexta-feira em queda moderada, no patamar de 1,5%. Na variação mensal, no entanto, os preços tiveram forte alta, com o WTI acumulando ganhos superiores a 9%.
Os contratos futuros do WTI para agosto encerraram o dia em baixa de 1,61%, a US$ 58,47 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Os contratos para setembro do Brent encerraram a sessão em queda de 1,41%, para US$ 64,74 o barril, na ICE, em Londres. No acumulado mensal, as referências tiveram ganhos no patamar de 9% e 5%, respectivamente.
Ric Navy na R.J. A O’Brien & Associates, em Nova York, afirmou que alguns traders esperavam hoje que o WTI se movimentasse mais para baixo durante a sessão, já que os preços repetidamente não conseguiram superar a marca dos US$ 60, uma resistência técnica, e diz que o movimento de baixa parece ter finalmente acontecido quando a sessão terminou.
Agora, os investidores monitoram se haverá avanços nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, neste final de semana, na reunião do G20, no Japão. As disputas comerciais pressionaram os preços da commodity nos últimos meses, já que uma nova rodada de tarifas pode desacelerar ainda mais o crescimento da economia global, afetando a demanda pelo petróleo.
Hoje, também, autoridades sauditas e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmaram que o cartel está a caminho de cortar a produção no segundo semestre, na reunião da próxima segunda-feira.
Como parte do plano de prorrogação de cortes até o fim do ano, a Arábia Saudita colocará pressão sobre produtores que não têm cumprido as respectivas cotas, como Iraque e Nigéria, apontaram autoridades do reino.
Neste fim de semana, parte dos países da Opep deve defender cortes mais acentuados da produção do que os acertados para o primeiro semestre, de 1,2 milhão de barris/dia. Mas tal proposta não deve ser apoiada pela Arábia Saudita, líder de fato do cartel.
“Isso não vai acontecer”, disse um delegado de país do Golfo, referindo-se a cortes maiores para o segundo semestre. “Cada um deve cumprir com o nível de cortes já em vigor”, acrescentou a fonte.
Fonte: Valor Online
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