O Ministério de Minas e Energia (MME) prevê que termelétricas a gás natural existentes e que hoje são pouco acionadas, por não terem contrato de longo prazo de energia e por consumirem gás a um custo elevado, consigam viabilizar economicamente sua operação por meio do leilão de térmicas que o governo planeja fazer no início de 2020, afirmou o secretário de planejamento e desenvolvimento energético da pasta, Reive Barros.
O leilão, cuja proposta será colocada em consulta pública pelo MME nos próximos dias, negociará contratos para início de fornecimento de energia em 2024. Pela ideia do governo, poderão participar térmicas já construídas mas sem contrato de longo prazo (energia existente) e térmicas ainda não implantadas (energia nova). O objetivo é que essas térmicas substituam um conjunto de usinas a óleo combustível, mais caras e poluentes, cujo contrato termina entre 2023 e 2025.
“Esse desenho dá oportunidade [de contratação e operação] daquelas três térmicas, de Cuiabá [MT], Araucária [PR] e Uruguaiana [RS], que não conseguem ter um contrato de longo prazo e têm um preço de gás mais elevado”, afirmou Barros a jornalistas durante o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio.
“Então, quando você pega a oportunidade de oferta de gás importado, que já tem uma logística mais favorável, a expectativa é que elas tenham preços menores de gás e, consequentemente, isso se reflita no preço da tarifa”, completou o secretário.
Segundo ele, pela ideia do leilão, projetos de energia existente e de nova competirão entre si pelos mesmos contratos de fornecimento por 15 anos, a partir de um preço-teto que será estipulado pelo governo. Barros acrescentou que os empreendedores terão que comprovar garantia de suprimento de gás para suas usinas no certame.
Fonte: Valor Online
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