A base de clientes ainda é pequena, mas a CEGÁS aposta no crescimento do mercado de gás natural no Ceará. A empresa planeja quintuplicar o tamanho da rede de distribuição até o final do período de concessão, em 2043. Isso significa implementar mais 2 mil km de dutos para levar o gás até o interior do estado e aumentar a capilaridade das redes nas cidades cearenses.
Da expansão planejada, 800 km correspondem a dois gasodutos para interiorizar o gás natural, levando o produto a municípios atualmente fora da rede da companhia. Segundo presidente da CEGÁS, Hugo Figueiredo, os dois novos gasodutos estão em fase de licenciamento ambiental e elaboração de projetos de engenharia. “O investimento total da expansão é de R$ 1,2 bilhão”, afirmou Figueiredo, em entrevista ao EnergiaHoje. O planejamento de investimento para os próximos cinco anos, no entanto, ainda está em revisão.
Crescimento em 2019
A CEGÁS projeta um aumento de 40% na base de usuários em 2019. “A base é pequena, mas tem bom potencial de crescimento”, avaliou Figueiredo. Segundo ele, o volume de gás não-térmico comercializado em 2018 no estado cresceu 14,5%, mesmo com um crescimento de apenas 1,5% do PIB.
“Estamos repetindo esse desempenho este ano, com uma alta de 10% no primeiro semestre, mesmo com a economia pouco aquecida”, comparou Figueiredo. “Além disso, nosso volume em 2019 vem crescendo cinco vezes a média nacional do mercado de distribuição, que foi de 2,5%.”
Biometano
A Cegás também aposta no biometano como alternativa para a oferta de gás. Atualmente, quase 15% dos 600 mil m3/d de gás natural não-térmico comercializado no estado são gerados a partir de aterros sanitários. “São 75 mil m3/d de biometano, hoje, vamos ampliar para 90 mil em 2020, e já estamos negociando um novo aumento, para 125 mil m3/d”, afirmou Figueiredo.
Enquanto planeja novos investimentos, a Cegás observa atentamente a movimentação do Novo Mercado de Gás. Para Figueiredo, ainda há muita incerteza no horizonte. “Ainda não sabemos como funcionará, na prática, o novo modelo de transporte do gás”, disse. Ele explica que o novo modelo incorpora um fator locacional à tarifa. Ou seja, a distância do transporte terá impacto na tarifa.
“Ainda não sabemos o impacto, mas isso vai encarecer para nós, por exemplo, o gás natural do Pré-Sal de Campos e Santos”, destacou Figueiredo. “Dependendo das condições, pode ser melhor para a Cegás importar GNL, no futuro.”
Fonte: Brasil Energia
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