Os preços do petróleo fecharam a sessão de segunda-feira (25) com ganhos, mas oscilaram mesmo com os sinais positivos enviados no fim de semana pela China sobre as negociações comerciais com os Estados Unidos, o que poderia evitar novos impactos negativos nas projeções sobre a demanda.
Depois de uma curta oscilação, os preços dos contratos do Brent para janeiro encerraram o dia em alta de 0,40%, a US$ 63,65 o barril, na ICE, em Londres enquanto os do WTI para o mesmo mês fecharam com ganhos de 0,41%, a US$ 58,01 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
“Talvez este seja outro sinal de que os preços estão um pouco excedidos após uma forte alta desde o início de outubro. Está claramente faltando impulso nos ralis mais recentes do petróleo, embora o forte salto no fim da semana passada possa dar algum motivo de otimismo”, disse Craig Erlam, analista da corretora Oanda.
Os investidores da commodity continuam observando cautelosamente todos os fatores relacionados à oferta e demanda, entre eles a reunião, na semana que vem, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados. Diante dos sinais de que as projeções de oferta estão mais altas do que as de demanda, existe a expectativa de que o cartel irá estender os cortes de produção para 2020.
“As expectativas estão sendo construídas para que a Opep as adote”, afirmam os estrategistas do ING, acrescentando que o cartel precisará aprofundar os cortes de produção e estendê-los até junho de 2020, já que “não fazer isso significaria o risco de preços mais baixos, dada a escala do superávit previsto para o primeiro semestre de 2020”.
Ainda assim, diz o ING, os aumentos de preços nesta semana “podem enviar a mensagem errada aos membros da Opep+, possivelmente sinalizando que cortes mais profundos não são necessários”.
Fonte: Valor Online