A experiência da Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS) na distribuição de Gás Natural Renovável (GNR) foi o tema da palestra do presidente da companhia, Hugo Figueirêdo, durante o 1° Seminário do Nordeste de Resíduos Sólidos, realizado nesta quinta-feira, no Auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa do Ceará.
Promovido pela Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (SEMA) e a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa, o evento reúne até amanhã cerca de 200 dirigentes de órgão públicos e privados, além de diretores de organizações não governamentais com atuação na área de meio ambiente.
Figueirêdo iniciou sua palestra falando sobre as vantagens do Gás Natural e destacou que o uso do GNR pela CEGÁS revelou-se como uma experiência competitiva e sustentável, com impactos positivos em toda a cadeia produtiva do gás natural. “O GNR ampliou a oferta do suprimento e aumentou a competitividade no preço, beneficiando de forma direta nossos clientes”, disse Figueirêdo.
Segundo Figueirêdo, o projeto de uso do biogás do aterro de lixo da Região Metropolitana de Fortaleza é um exemplo bem-sucedido de aliança público-privada. O empreendimento é o primeiro do gênero no Norte Nordeste e é fruto de uma parceria entre o governo do Ceará, prefeituras de Fortaleza e de Caucaia, CEGÁS e a GNR Fortaleza.
O governo do Ceará, por meio da Cegás, investiu R$ 22 milhões na construção de uma estação de transferência e de um gasoduto de 23 km que transporta o gás natural produzido no ASMOC (Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia), que diariamente recebe cerca de 3 mil toneladas de resíduos sólidos domiciliares.
O biogás é purificado e convertido em gás natural renovável pela GNR Fortaleza.
O presidente da CEGÁS afirmou ainda que, desde maio do ano passado, a Companhia tornou-se a primeira distribuidora do Brasil a injetar na sua rede de gasodutos o GNR. Segundo ele, o GNR já está sendo entregue a todos os clientes residenciais, comerciais, industriais e veiculares da CEGÁS.
No dia 1 de outubro passado, a CEGÁS e a GNR Fortaleza assinaram contrato para ampliar a oferta de Gás Natural Renovável no Ceará (GNR) em 20%. Pelo contrato, a GNR Fortaleza se comprometeu a aumentar sua produção de GNR de 75 mil metros cúbicos para 90 mil metros cúbicos diários. Com isso, a participação de GNR no total de gás natural distribuído pela CEGÁS cresce dos cerca de 15% atuais para 17%.
Atualmente, o Ceará tem uma das maiores participações de GNR no volume de gás distribuído no mundo. Em países desenvolvidos como a França e o Japão, este índice é inferior a 5%. Na Suécia, o percentual é de 12%.
O presidente da CEGÁS ressaltou ainda que o mercado ex-térmico da CEGÁS vem crescendo consistentemente bem acima da média nacional nos últimos anos, alavancado no GNR. “O GNR também agrega valor às marcas das empresas usuárias deste energético, tornando-as mais atrativas para clientes que valorizam a preservação do meio ambiente”, disse Figueirêdo.
Segundo Figueirêdo, há outras oportunidades de aproveitamento de biogás no Ceará, com escalas e modelos de negócios distintos a serem explorados com segurança em algumas regiões metropolitanas do Estado. “Em Sobral, no Cariri e em Limoeiro do Norte, há potencial de produção de gás a partir dos aterros sanitários. Em Fortaleza, o potencial está na biodigestão do lodo de esgotos da Cagece e de resíduos orgânicos da Ceasa”, disse Figueirêdo.
Fonte: CEGÁS / Comunicação
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