Os contratos de petróleo avançaram nesta terça-feira (24), com o apetite por risco sustentado pela possibilidade de que o Senado dos Estados Unidos aprove um pacote trilionário de estímulos. Não houve, porém, euforia, em um ambiente ainda de dúvidas sobre a demanda futura, por causa do coronavírus, e de disputa entre importantes produtores.
O petróleo WTI para maio fechou em alta de 2,78%, em US$ 24,01 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio subiu 0,44%, a US$ 27,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos foram apoiados pela expectativa de que o governo dos Estados Unidos consiga aprovar no Congresso um pacote de estímulos trilionário para se contrapor aos problemas causados pela pandemia de coronavírus e pelas medidas adotadas para contê-la.
Além disso, o fato de que o presidente Donald Trump deseja um retorno o mais rápido possível ao trabalho no país também foi interpretado como potencialmente positivo para a atividade e, consequentemente, para a demanda pelo óleo. No câmbio, o dólar mais fraco ante outras moedas principais também tende a sustentar o apetite dos detentores das demais divisas, já que nesse caso o petróleo fica mais barato para eles.
O Brent, contudo, oscilou e chegou a ficar em território negativo, em parte do dia. Mesmo com o estímulo, ainda há muita incerteza sobre o futuro próximo na economia global e, consequentemente, na demanda. Além disso, os preços estão deprimidos desde a disputa entre Arábia Saudita e Rússia terminar sem solução, com Riad elevando sua oferta e cortando preços.
“A Arábia Saudita tenta punir a Rússia, enquanto a Rússia busca prejudicar os produtores de petróleo nos EUA por causa de sanções americanas contra empresas russas”, resume o Julius Baer em relatório a clientes. O banco acredita que as reservas internacionais podem ser usadas para ajudar a conter a “atual guerra dos preços”, mas com sucesso limitado. Na avaliação do Julius Baer, a Rússia tem mais meios de aguentar preços baixos por mais tempo, “mas, no fim das contas, a situação não é sustentável para nenhum deles”.
Fonte: IstoÉ Dinheiro / Estadão Conteúdo
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