A Petrobras deseja construir e mobilizar plataformas de gás natural liquefeito FLGN (sigla em inglês para Floating Liquefied Natural Gas) para escoar sua produção produção no pré-sal, no extremo offshore brasileiro. Segundo especialistas do ramo, esta estratégia pode trazer mais malefícios econômicos do que soluções para escoamento do GNL.
É de conhecimento do mercado que a Petrobras, além de outras operadoras offshore, estão com dificuldades de infraestrutura e simplesmente não conseguem mandar o gás produzido no pré-sal para o litoral. Elas são obrigadas a reinjetar no poço ou queimar o gás pelo excesso de produção.
Para referência, o custo de equilíbrio do PETRONAS PFLNG-1, da Malásia, é de cerca de US$ 10 por 26,8 m³ ( metros cúbicos) ou 1 MMBtu, e o custo de equilíbrio da unidade FLGN Shell Prelude é aproximadamente o mesmo, cerca de US$ 8 a US $ 12 por m³.
Tanto a PETRONAS quanto a Shell não divulgaram os custos reais de suas unidades flutuantes de GNL.
Por que pode não ser um bom negócio para Petrobras mobilizar plataformas de GNL agora?
Os preços globais de GNL variam muito, dependendo da localização, mas em alguns lugares ultimamente estão sendo vendidos a 1/3 ou menos dos custos de ponto de equilíbrio mostrados acima.
Dito isto, com o crescente excesso de GNL global, essa ideia da Petrobras para instalar Plataformas GNL provavelmente trará prejuízos financeiros para a estatal, já que os custos de produção no Brasil é um dos mais elevados no mundo.
O que são FLNG?
FLNG é designada à uma instalação offshore e se mantém flutuando acima de um campo para produzir exclusivamente gás natural. Os FLNGs produzem, liquefazem, armazenam e transferem gás natural liquefeito através de navio transportador para o continente, onde o mercado e os recursos financeiros estão baseados.
Fonte: Click Petróleo e Gás
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