Os valores dos contratos futuros do petróleo fecharam em forte queda nesta quinta-feira (18), caindo aos seus menores níveis em mais de duas semanas, em meio aos receios em torno da lenta distribuição da vacina na Europa e com novas altas nos estoques americanos da commodity.
O contrato do petróleo Brent para maio fechou em queda de 6,94%, a US$ 63,28 por barril, na ICE, em Londres, enquanto o do WTI para abril desvalorizou 7,12%, a US$ 60,00 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Ambas as referências do petróleo anotaram, com esses recuos, a sua pior sessão desde junho do ano passado.
“Há receios crescentes sobre a demanda, dado o fato de que várias das maiores economias europeias interromperam a distribuição da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford”, disse David Madden, analista de mercados da CMC Markets no Reino Unido, à “Dow Jones Newswires”.
Os investidores também mostram receios em relação à alta dos estoques americanos do petróleo na semana passada. De acordo com dados divulgados na quarta (17), os estoques subiram em 2,396 milhões de barris na semana passada, para 500,799 milhões de unidades, superando a expectativa dos analistas consultados pelo “Wall Street Journal”, de alta de 1,4 milhão de barris no período.
“Os estoques de petróleo têm crescido bastante nas últimas quatro semanas, em grande parte como um efeito do congelamento no Texas, em fevereiro, que cortou a demanda por petróleo bruto para refino”, disse Louise Dickson, da Rystad Energy. “Isso vai levar algum tempo para retornar.” A utilização das refinarias americanas subiu para 76,1% na semana passada, depois de cair a 69,0% na semana anterior.
Por fim, Phillip Streible, estrategista-chefe de mercados da Blue Line Futures, aponta receios também de que as tensões entre os EUA e a Rússia possam levar os russos a usar o petróleo como arma, inundando o mercado para prejudicar os produtores de petróleo de xisto americanos.
Fonte: Valor Online
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