Em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente do conselho de administração e acionista da Ultrapar, Pedro Wongtschowski, afirma que a Ultra quer consolidar suas operações em óleo e gás, passo que em algum momento levará à entrada no mercado de gás natural.
Um dos grupos empresariais mais tradicionais do país, com receita líquida de R$ 81,2 bilhões no ano passado, o Ultra quer ser um gigante com nova cara. Com a venda da Oxiteno, da área química, e da rede de farmácias Extrafarma, o conglomerado financiará a consolidação de suas operações em óleo e gás, passo que em algum momento levará à entrada no mercado de gás natural, disse, em entrevista exclusiva ao Valor, o presidente do conselho de administração e acionista da Ultrapar, Pedro Wongtschowski.
A caminho de comprar sua primeira refinaria, a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o Ultra não deu só uma guinada de estratégia e portfólio. Nas diretorias e no conselho de administração, a renovação nos últimos três anos gira em torno de 70%. A mudança mais recente, ratificada ontem, inclui a chegada de Marcos Lutz (ex- Cosan), Otávio Castello Branco Neto (do Pátria) e José Luiz Alqueres (um dos grandes especialistas em energia no país) ao colegiado. E será coroada no decorrer dos próximos dois anos com a escolha do sucessor do próprio Wongtschowski, que inicia novo mandato como presidente do conselho.
“Estamos olhando com muita atenção gás natural, que seria uma continuação normal de nosso portfólio. A intenção é entrar tendo em vista a aprovação da lei do gás, a enorme disponibilidade do insumo no futuro, o alinhamento com o GLP [distribuído pela Ultragaz ] e o fato de que, provavelmente, seremos donos de uma refinaria. A expectativa é que até o fim de 2021 tenhamos completado essas operações e, portanto, tenhamos já em 2022 um novo portfólio, muito mais focado em óleo e gás, incluindo logística, que é parte importante da atividade”.
Fonte: Valor Econômico
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