O preço do gás natural não caiu porque o projeto de lei que altera o marco regulatório demorou a ser aprovado, disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião virtual na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, que discute a reforma administrativa.
Durante o primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro, Guedes disse repetidas vezes que o preço do gás de cozinha cairia pela metade em dois anos. Desde então, o botijão só ficou mais caro.
Nesta terça, diversos deputados cobraram o ministro pela promessa. Irritado, ele disse que o projeto foi aprovado há duas semanas, depois de um ano parado no Congresso, e perguntou como os deputados queriam que os efeitos já se mostrassem na prática. “Consultem seus assessores”, sugeriu, acrescentando que “tem muito assessor no Congresso”.
Guedes afirmou que senadores têm 60 assessores e deputados, 30. A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu um posicionamento formal do Congresso contra o que chamou de “mentira”.
Ainda sobre o gás natural, ele disse que, ao propor a alteração no marco do setor, projetou que poderia haver uma queda de 40% nos preços. Esse recuo ocorreria em função de maior concorrência no mercado, antes monopolista.
O ministro acrescentou que havia “caído nessa” de fazer previsões, achando que reformas seriam aprovadas. “Não faço mais previsões porque respeito o timing da política.” Ele também disse que não “xinga” o Congresso pela demora na aprovação do marco do gás. “Estou entendendo que é a pandemia.”
Fonte: Valor Online
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