Aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados, a MP da Eletrobras sofre críticas daqueles que poderiam ser os maiores beneficiados: os produtores de petróleo e gás natural, em especial os que atuam nos campos do pré-sal. Em recente evento setorial, executivos de multinacionais criticaram o artigo 19 da MP, que prevê a contratação de 6 GW de térmicas a gás natural. De acordo com analistas, a posição dos produtores está baseada em razões comerciais. Sem interesse em investir em infraestrutura para escoar o gás dos campos do pré-sal, eles entendem ser mais lucrativo reinjetar gás, monetizando apenas o petróleo. Sem essa produção, o país se vê obrigado a importar gás liquefeito para abastecer térmicas no litoral — solução que, ressalte-se, não favorece a universalização do serviço. Em março, de acordo com dados da ANP, o Brasil reinjetou 59,3 milhões de metros cúbicos por dia, o que equivale ao dobro do consumo industrial.
Fonte: Correio Braziliense / coluna Mercado S/A
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