O consumo de energia em novembro teve alta de 1,4% na comparação com o mesmo mês em 2020, para 41.940 GWh, de acordo com dados consolidados da EPE. A demanda no mês correspondeu ao maior valor em toda a série histórica, desde 2004.
No acumulado do ano até novembro, a demanda cresceu 5,5%, para 457.280 GWh, e nos 12 meses encerrados em novembro, o crescimento foi de 5,3% para 499.361 GWh.
Além disso, o mercado livre apresentou alta de 8,2% no consumo no mês, enquanto o consumo do mercado cativo retraiu 2,5%. Segundo a EPE, o comércio e a indústria tiveram um bom desempenho e puxaram a expansão da demanda.
Residencial
O consumo residencial teve reflexo das temperaturas mais amenas e do maior volume de chuvas, fatores ocorridos nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, o programa de redução voluntária de demanda e a bandeira escassez hídrica, que vigora desde setembro, pode ter influído na queda da demanda nas residências.
A região Centro-Oeste foi a que teve o maior encolhimento do consumo (-6,6%), seguida do Sudeste (-5,4%), Nordeste (-0,6%) e por último, o Sul (-0,3%). O Norte foi a única região com elevação no consumo de energia.
Comercial
O setor de vendas do varejo, impulsionado pela Black Friday, em novembro, e o setor de serviços prestados às famílias, em especial alojamento e alimentação, contribuíram para o aumento do consumo, avalia a EPE, para quem o avanço da vacinação contra a Covid-19 tem impactado no desempenho da demanda por eletricidade.
A região Nordeste (+12,2%) foi a que registrou a maior expansão, seguida pela região Sul (+7,6%), Norte (+4,6%), Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+1,2%).
Industrial
O consumo de eletricidade pelas indústrias foi o maior para novembro desde 2014. O Sul apresentou estabilidade na demanda (0,1%) e as demais tiveram expansão. Nordeste (+8,2%) e Norte (+8,0%) tiveram as maiores altas, seguidos por Sudeste (+3,7%) e Centro-Oeste (+3,6%).
Oito dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em novembro de 2021, comparado com 2020. Lideraram a expansão os segmentos de metalurgia (253 GWh); extração de minerais metálicos (133 GWh), “alavancada pela retomada da ativdade em em Minas Gerais e Espirito Santo”, de acordo com a EPE; produtos alimentícios (122 GWh); produtos químicos (89 GWh) e papel e celulose (85 GWh).
Fonte: EnergiaHoje