A Excelerate Energy esbarrou num cenário adverso em seus primeiros meses à frente do terminal de regaseificação da Baía de Todos os Santos (BA). A guerra da Ucrânia pressionou ainda mais os preços globais do gás natural liquefeito (GNL), retardou o desenvolvimento do mercado livre no Brasil e mudou os fluxos do gás rumo à Europa.
Mesmo assim, a companhia norte-americana se tornou este ano uma das principais fornecedoras privadas de gás no mercado brasileiro, com volumes médios de 3,8 milhões de m3/dia no primeiro semestre, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia.
E já pensa no futuro, em se posicionar em negócios como GNL de pequena escala, geração a gás e novos terminais.
A empresa aposta no amadurecimento gradual da abertura do mercado no Brasil e vê uma janela, neste fim de ano, para buscar seus primeiros contratos com as distribuidoras – a Excelerate tem contrato com a Petrobras, para arrendamento do terminal de GNL da Bahia até o fim do ano que vem e quer ir além.
A vice-presidente da Excelerate Energy para a América Latina, Gabriela Aguilar, conta que, num momento em que o mercado global de GNL volta as suas atenções para a demanda europeia, o Brasil continua no radar da empresa.
“Acreditamos que o crescimento do Brasil justifica permanecermos aqui e colaborarmos com a ideia de abertura de mercado. Lógico que há um ganho econômico, mas também conceitual [estratégico]”, afirma Aguilar.
Não à toa, já que, com o início das operações do terminal de GNL da Bahia, o Brasil se tornou o maior mercado da companhia e já responde por cerca de 80% das receitas globais em 2022. Só no primeiro semestre, o faturamento no país foi de US$ 962 milhões.
A Excelerate é, desde abril, uma empresa de capital aberto, listada em Nova York. O IPO (oferta inicial de ações) da companhia levantou US$ 416 milhões.
Fonte: Epbr
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