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Petrobras enfrenta novo embate com governo sobre custo do gás natural

Funcionários da Petrobras esperam ficar aquém das metas do governo federal de reduzir os preços do gás natural em 40% devido ao alto custo de extração em águas ultraprofundas, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.

Os executivos da empresa acreditam que um corte de preço dessa magnitude é inviável, uma vez que a Petrobras extrai gás a 300 quilômetros (187 milhas) da costa e enfrenta custos de produção muito mais altos em comparação com os perfuradores onshore de gás de xisto no exterior, disseram pessoas familiarizadas com o assunto que pediram para não ser nomeados porque não estão autorizados a falar publicamente.

A gigante estatal do petróleo está sob crescente pressão para domar os preços da energia enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta conduzir a economia em uma direção mais populista, levando a crescentes preocupações do mercado sobre interferência política.

Lula prometeu revigorar a atividade industrial brasileira, que depende do combustível para geração de energia. O Ministério de Minas e Energia disse que a Petrobras dedica muito gás para ajudar na produção de petróleo e poderia reduzir o preço para US$ 7 a US$ 8 por MMBtu (unidade de medida), dos atuais US$ 12, se administrasse o recurso de maneira diferente.

A Petrobras argumenta que usar o gás para aumentar a pressão do poço traz mais óleo para a superfície e aumenta o volume recuperável do pré-sal em até 30%.

A empresa rebateu os pedidos do governo para reduzir a injeção de gás, observando que produzir menos petróleo diminui a quantidade de impostos gerados para os cofres do estado, disseram as pessoas. A empresa de petróleo espera que o fornecimento de gás cresça 50 milhões de metros cúbicos por dia até 2028, à medida que vários projetos entram em operação. A produção adicional combinada com um esforço para aumentar os contratos de fornecimento de longo prazo deve acabar barateando o gás.

Fonte: Bloomberg Línea

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