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Gas Bridge conclui aquisição de 10% de Manati, de olho em estocagem de gás

A Gas Bridge Storage (GBS), empresa do grupo Lorinvest focada em estocagem de gás natural, concluiu a aquisição da fatia de 10% da PRIO no campo de Manati, no litoral da Bahia.

A transação marca a entrada da GBS na concessão, de olho em oportunidades futuras de conversão do campo, no fim de sua vida útil, num negócio de armazenamento de gás. A PRIO informou que recebeu da Gas Bridge a parcela restante pela alienação do ativo, no valor de R$ 85,7 milhões, feitos ajustes de preço. Na assinatura do contrato entre as partes, em novembro de 2022, a petroleira independente já havia recebido R$ 24,8 milhões. A participação da PRIO no campo de Manati foi adquirida em 2017, por R$ 140 milhões na ocasião.

A petroleira justificou a decisão de sair do negócio, sob o argumento de que a alienação faz parte da gestão dinâmica do portfólio de ativos da companhia, com foco em ativos sob sua operação. Ainda segundo a PRIO, Manati retornou 3,4 vezes o capital investido. Manati é um campo operado pela Petrobras (35%), em parceria com a Enauta (45%), PRIO (10%) e Geopark (10%). Todo o gás produzido no campo é vendido, pelos sócios, à estatal.

De olho no potencial de desenvolvimento do negócio de estocagem subterrânea de gás no campo, após o seu esgotamento, a Gas Bridge chegou a assinar, desde 2020, contratos para aquisição também das fatias da Enauta e Geopark em Manati. A Enauta, contudo, desistiu de continuar com a venda de sua fatia, por R$ 560 milhões, no início de 2022.

Alegou, à época, que a Gas Bridge não havia efetivado a compra no prazo estipulado e que a Enauta reviu seus planos no ativo, dada a valorização do preço do gás natural no mercado em 2021 — o que ajudou a valorizar a concessão. A Gas Bridge propôs à Enauta, então, uma eventual associação entre as empresas na implantação de um projeto de estocagem de gás natural para o campo.

Em maio deste ano, o CEO da Enuata, Décio Oddone, chegou a afirmar que, num primeiro momento, no passado, a iniciativa “não pareceu viável”, mas que ela “continua sendo uma possibilidade, especialmente se houver uma regulação mais definitiva”. “Com maior clareza, talvez a viabilidade econômica fique mais próxima, mas por enquanto não temos planos de fazer projeto de estocagem no Manati, mas não descartamos não”, comentou o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores em maio.

Fonte: Epbr

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