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TBG se prepara para entrar no mercado de biometano

A Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) se prepara para a inclusão do biometano em suas operações, aproveitando a posição privilegiada do seu gasoduto na região Centro-Sul do Brasil – potência na produção agrícola e de biogás – e olhando para os incentivos do Combustível do Futuro.  “O biometano hoje é um assunto pujante. Temos sido realmente muito demandados. Temos trabalhado para desenvolver um modelo de negócio que seja flexível para o mercado, que possamos realmente ter oportunidade de injetar o biometano na malha da TBG”, disse o responsável por novos negócios da companhia, Rafael Perrone. Ele lembra que a malha da TBG passa por importantes estados produtores agrícolas, como Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que hoje representam cerca de 50% do PIB nacional. “A TBG tem uma posição privilegiada, não só por passar pelo Centro-Sul, mas também cortar alguns estados, São Paulo, Paraná (…) É um potencial de produção de biometano muito grande”.

Segundo Perrone, a companhia já tem feito uma abordagem junto aos agentes de mercado dessas regiões, para propor e implantar soluções logísticas que possam alavancar oportunidades para o biometano, bem como de expansão da malha de transporte da TBG. “Estamos realmente engajados na busca de oportunidades de negócios, seja em biometano, seja através da expansão da nossa malha de transporte, tentando dar uma interiorização do gás, que é importante”.  O executivo também vê a necessidade de criação de hubs para o recebimento de biometano, dada a produção pulverizada pelo território nacional. “Quando olhamos a estrutura do gasoduto, o traçado do gasoduto, e até mesmo o traçado do gasoduto de algumas distribuidoras, percebemos a necessidade de alguns hubs. E é nesse sentido que a gente também tem trabalhado em uma iniciativa de pensar em estruturar hubs para recebimento desse biometano”.

A companhia tem pressa em desenvolver sua estratégia de biometano a tempo da regulamentação do Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que atualmente está em discussão no Senado, e prevê incentivos para o biogás. “Esse é um outro desafio. Construir no momento e no timing que o mercado precisa. Isso é realmente um desafio, mas a gente tem essa disposição e essa vocação interna. Então, a gente acredita que a gente dá conta”.  O texto proposto pelo relator na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), estabelece que produtores e importadores de gás (seja para autoconsumo, seja para comercialização) comprovem, anualmente, a compra – ou consumo – de uma quantidade mínima de biometano em relação ao volume de gás natural que vendem ou consomem. A proposta é que a compra obrigatória comece a valer a partir de 2026, seguindo uma curva crescente: o compromisso de aquisição do biometano parte de uma meta de 1% do volume de gás comercializado no ano civil e deverá chegar em 10% até 2034.

Fonte: Epbr / Gas Week

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